sábado, 10 de outubro de 2009

Educação na Era do Conhecimento


No dia 8 de outubro, o XV Encontro do Movimento RH Barra teve como palestrante a Mestra Eleonora Jorge Ricardo, autora do livro : “Educação Corporativa e Aprendizagem: As Práticas Pedagógicas na Era do Conhecimento”. No inicio, a palestrante lembrou que o espaço criativo está perdendo espaço no dia a dia das pessoas: “Geralmente as pessoas não tem tempo para aprender ou relaxar , ou mesmo aprender com nós mesmos e dar asas a nossa imaginação” lembrou.


Assim, começou a palestra fazendo um exercício de relaxamento apagando as luzes, colocando uma música suave e pedindo para todos os presentes fecharem os olhos e se transportarem para um local e criarem algo . No fim do exercício, perguntou para alguns presentes para onde foram e se criaram algo. Eleonora afirmou que a criação é o primeiro passo para inovação: “Como podemos pensar que um trabalhador pode trazer inovação e criação, sem passar por um processo de estimulação? A inovação só vai acontecer, quando liderarmos a capacidade inventiva que nós temos. Quantas vezes a capacidade inventiva é anulada a cada dia? É anulada nas escolas, nas empresas, em casa. Deve haver um processo em que as pessoas sejam estimuladas para a capacidade criadora. Todos nós somos criadores e temos capacidade de criar algo ou transmutar. Pensar na capacidade inventiva foi um dos tópicos do livro que escrevi. O conhecimento se torna um ativo intangível” ressaltou ela.

Citando Edgar Morin, Eleonora lembra que ele fala que globalização não é nenhuma novidade e que cada processo da globalização vive uma crônica diferente. Logo após, a palestrante mostrou um vídeo de Morin que, em sua entrevista, propõe uma reforma na educação: “Hoje consigo fazer um tour virtual por bibliotecas, museus. É possível disseminar a informação. Saímos do foco regional. As empresas estão no processo de internacionalização e muitas vezes perdem sua identidade. Temos que pensar na coletividade, trabalhar em grupo não é fácil, é necessário pacto e alianças e especialmente a permissão para o outro interagir” pontuou.
Para demonstrar como é importante o trabalho em grupo, Eleonora mostrou o vídeo de um sapateado, pontuando alguns tópicos importantes como liderança, integração e desempenho: “O espírito inventivo pode ser aplicado na empresa através de processos educacionais” ressaltou ela.

Eleonora lembrou que Edgar Morin fala de transdisciplinariedade para lidar com todas as transformações que a sociedade tem passado: “ Um livro tem um sumário, tem uma ordem. Quando você está na internet, acabou isso. Pode entrar em qualquer ponto, sair e entrar em outro lugar. A lógica cartesiana morreu. Estamos na era do pensamento complexo. Um profissional fustigado e reprimido não aprende. É necessário investir em um profissional, mesmo que ele hoje está na empresa e amanhã não. Só assim a empresa vai crescer. O importante é a contribuição que o funcionário irá deixar. Cada empresa tem que procurar desenvolver seu grupo criativo. É necessário desconstruir o sistema já superado. Tudo está em rede e interligado. Hoje não adianta pensar que só a formação que uma pessoa tem é suficiente. A cada segundo existe uma transformação. Se antes estávamos em um sistema de produção, onde o valor era riqueza, hoje o conhecimento é a riqueza. Que trabalhadores queremos nas empresas?” Questionou ela.

Inovação = Autoria = Criatividade = Autonomia
Para exemplificar, Leonora lembrou de Santos Dumont que trouxe uma tecnologia e marcou história.

Na foto: A palestrante Eleonora Jorge Ricardo
Crédito foto: David Nkrumah

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