sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Acordo de Cooperação entre o CRA/RJ e a ALAM da Argentina

A Comissão Especial de RH do CRA/RJ (CERHumanos) durante o XXII Enbra e VIII Congresso Mundial de Administração juntamente com o Prof. Lcdo. Héctor Félix Stoppini, Presidente da Asociacion de Licenciados en Administracion-Mendoza (ALAM) Argentina. Durante os eventos foram entabuladas as primeiras conversas sobre o desenvolvimento de ações conjuntas entre as Entidades na área de Recursos Humanos.
Na foto, ao centro à direita, o Adm. Luiz Henriques (Coordenador da CERHumanos) e, ao centro à esquerda, o Prof. Lcdo. Héctor Stoppini (ALAM) e os(as) demais Membros da CERHumanos do CRA/RJ.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Encontro Brasileiro e Congresso Mundial de Administração


Três mil pessoas participam de Congresso de Administração no Rio de Janeiro.


Entre os dias 5 e 7 de novembro, no Vivo Rio, o Rio de Janeiro sediou com sucesso o XXII Encontro Brasileiro de Administração e o VIII Congresso Mundial de Administração, organizado pelo CRA-RJ, CFA e CRA-RS, e que teve como tema “Pacto Global: a contribuição da Administração para uma sociedade mais justa e sustentável”. Com mais de 3 mil pessoas presentes, os eventos contaram com a abertura do sociólogo Domenico de Masi na Conferência Magna, quase 50 outros palestrantes, 11 painéis, três Informativos sobre os acontecimentos diários e transmissão ao vivo pela Web Rádio e Web TV, além terem sido expostos, no Museu de Arte Moderna, 42 artigos científicos de forma oral e 51 pôsteres enviados por profissionais de todo o Brasil, México, Argentina e Guatemala.

A Conferência Magna trouxe algumas respostas do sociólogo italiano Domenico de Masi a uma das perguntas mais usuais da atualidade: o que irá acontecer daqui para frente? O palestrante considerou dez itens que serão modificados da nossa realidade atual e que farão a diferença no futuro, mais precisamente no ano de 2020, e criou uma síntese do cenário que será encontrado. São eles: a Longevidade, a Tecnologia, a Economia, o Trabalho, a Virtualidade, o Lazer, a Androgenia, a Ética, a Estética e a Cultura. E o Brasil será uma das molas-mestras dessa guinada por já estar começando a pensar e agir de acordo com o desenvolvimento sustentável.

“Estamos em um mundo que está em busca de um novo modelo de vida. E acredito que este modelo possa vir da América Latina. O Brasil tem hoje a incumbência histórica de criar um novo modelo de sociedade que seja válido para toda a humanidade”, afirmou o sociólogo, que também é autor do livro ‘O ócio criativo’, com milhões de cópias vendidas em todo o mundo.

Os 11 painéis que formaram o XXII Enbra e o VIII CMA foram baseados nos princípios do Pacto Global, idealizado pela ONU. Foram eles: Direitos humanos, Educação básica e de qualidade para todos, Meio ambiente, Igualdade de gênero e valorização das diferenças, Discriminação no emprego, Apoio à liberdade de associação, Fome e miséria, Corrupção, Empregabilidade, Modelo de gestão e Desenvolvimento sustentável.

Uma das palestrantes do evento foi Ana Maria Rodrigues, membro eleito do Conselho Científico da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, que presidiu o painel ‘Fome e miséria: ações para sua eliminação em todas suas formas de manifestação’, que falou da necessidade de uma reconstrução da forma de pensar e agir da sociedade:

“É imperioso recriar um novo mundo com vontade política suficiente e capaz de tomar as medidas adequadas para erradicar a pobreza e a fome de um mundo escandalosamente desigual e injusto”.

Esta teoria foi corroborada por Norman de Paula Arruda Filho, presidente do Instituto Superior de Administração, que lembrou a importância do administrador nas mudanças que precisam ser feitas para que os princípios do Pacto Global sejam atendidos.

“É preciso haver um movimento grande de transformação dos padrões de consumo e produção, a fim de estabelecer uma ideologia de consumo sustentável, com um compromisso com o futuro”, afirmou Norman.

Fonte: www.cra-rj.org.br

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Equipe

Dicas para trabalhar bem em grupo.

Muitas pessoas brigam com o colega de trabalho e até perdem clientes por falhas de comunicação na equipe.
Muitas vezes o setor não é produtivo por falta de comprometimento de um grupo de uma área.

Esta falta de comunicação pode ser fatal. Para superar os conflitos é necessário:

Seja paciente. Cada um tem uma opinião, muitas vezes completamente divergentes. Por isto, pense antes de falar e rebater. Procure expor os seus pontos de vista com moderação e ouça o que os outros têm a dizer. Respeite sempre os colegas, mesmo que não esteja de acordo com as suas opiniões.

Aceite as idéias dos outros. Esteja com a mente aberta, é difícil aceitar novas idéias ou admitir que não temos razão, mas é importante saber reconhecer uma boa idéia que pode contribuir para o objetivo comum do grupo.

Não critique os colegas. Critique as idéias, nunca a pessoa.

Saiba dividir as tarefas. Se for fazer tudo sozinho, não é trabalho de grupo. O importante é saber dividir as tarefas por habilidade.

Seja participativo e solidário.

Dialogue. Quando você se sentir desconfortável com alguma situação ou função que lhe tenha sido atribuída, é importante que explique o problema, para que seja possível alcançar uma solução, que agrade a todos e não sobrecarregue ninguém.

Planeje. Quando várias pessoas trabalham em conjunto, é natural que alguns se dispersem; por isso o planejamento e a organização são ferramentas importantes para que o trabalho de grupo seja eficiente e eficaz.

Aceite a idéia do erro. É importante que a equipe ouça opiniões externas e que aceite a idéia de que pode errar.

Lembre-se de que um bom trabalho em grupo traz bons resultados para a empresa.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Os novos Tempos dos Jogos

Por: Adm. Psi. Elioneide Venâncio

Na verdade, a grande evolução de nosso tempo, nestes últimos anos, se refere mais aos aspectos comportamentais dos indivíduos. As pessoas são o que realmente fazem a diferença. O processo, sem pessoas livres e capazes, que tenham uma compreensão do seu significado, é quase nada. Por isso não existem programas mágicos, daí o cuidado de utilizarmos jogos e vivencias de forma certa e coerente para que os mesmos não se transformem em meras alegorias, se não soubermos o que fazer com eles.

Para Cris Elgood, todos os jogos têm alguma espécie de seqüência de decisão- resultado, e todos são feitos para criar a oportunidade de aprender. Entre os inúmeros aspectos que coadjuvam com a modernidade e as pessoas, talvez seja esse o de maior relevância – A Aprendizagem. O saber é bem diferente do aprender.Muitos sabem fazer o jogo e não conseguem ensinar, ou seja, fazer o outro aprender. A palavra “jogo” é usada de maneira imprecisa, ficando difícil definir o que é, e o que não é, um jogo. Quando você se relaciona com alguém, independentemente do que essa pessoa representa, você deve a ela um respeito humano incondicional. Isso implica um tratamento gentil, respeitoso, delicado com a devida consideração que a pessoa mereça. Isso é um exemplo do que se pode aprender com o jogo.

Um valor de respeito humano, independe dos métodos que se utilizem dos jogos, independe de quem se fala, seja ela seu chefe ou um colaborador, seu líder ou liderado, ou mesmo um colega de trabalho. Por isso aceitamos como jogo, qualquer exercício que atenda ao respeito humano e que contenha todas as estruturas, regras e procedimentos que deverão orientar o comportamento dos participantes. Para se chegar a esse grau de maturidade nas aplicações dos jogos, precisamos ainda percorrer uma longa estrada e não sabemos se vamos chegar ao final dela, porque o final chama-se perfeição. No entanto precisamos caminhar, porque todos estamos comprometidos com a perfeição. Nenhum de nos tem a obrigação de ser perfeito, mas estamos comprometidos com essa busca .

Quando lidamos com os jogos e simulações no campo comportamental pelo menos três dimensões estão presentes: o intelecto, a matéria, e o espírito. Quando olhamos para essas dimensões percebemos a responsabilidade deste desafio. Apesar disso alguns profissionais ainda insistem em preservar algumas posturas viciadas, dizendo que aplica “jogos empresariais” que não tem nenhuma compatibilidade com as exigências desse novo contexto. O que procuro alertar é que precisamos fazer uma transição do velho para o novo rapidamente, em alta velocidade, porém com precisão. Precisamos entender que “crescer é aprender algo novo” e aprender é diferente de saber.

As resistências, mais uma vez persistem pela simples razão que as pessoas não aceitam mudanças.Precisamos criar e deixar fluir o nosso processo criativo dentro deste novo milênio. Precisamos lembrar que “excelência é uma arte conquistada pelo treino e hábito”. Daí a nossa responsabilidade enquanto profissionais que utilizamos a técnica de jogos e simulações.

Elioneide Venâncio - Administradora, Psicóloga, Pós-graduada em Recursos Humanos pela FGV. Atua a 20 anos na área de RH tendo trabalhado como Coordenadora de RH e como Consultora de Desenvolvimento Organizacional e Humana em empresas de médio e de grande porte com foco em Estratégias de Gestão de Recursos Humanos, Estratégias Motivacionais, Atração e Seleção, Cargos e Salários, Treinamentos Comportamentais, Pesquisas/Diagnósticos e Coaching. Membro da Comissão Especial de Recursos Humanos do CRA/RJ.

E-mail : neive11@uol.com.br


sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Demografia, emprego e desemprego

Por: José Pastore
Os analistas do mercado de trabalho passaram um bom tempo sem prestar a devida atenção à demografia, até se depararem com a intrigante pergunta: Como pode o Brasil ter só 5% de desempregados, se o Produto Interno Bruto (PIB) cresce apenas 1,5% ao ano?
O estudo minucioso da dinâmica da população está jogando luzes no túnel até então dominado pelas trevas. Em artigo recente, Armando Castelar explica que, de 2003 a 2011, a proporção dos jovens que procuravam emprego caiu de 61,4% para 59,9%. No mesmo período, a proporção de idosos que estavam trabalhando caiu de 30,4% para 25,7% (A Pnad e a competitividade, Valor, 5/10).
Ou seja, nas duas pontas da estrutura etária está havendo uma redução da oferta de trabalho e, consequentemente, dos que procuram emprego. Entre os jovens, a redução deve-se às fortes quedas da taxa de fecundidade, que passou de 6,2 filhos por mulher, na década de 1950, para 2,8, em 1990, e 1,9, nos dias atuais (Jorge Arbache, Transformação demográfica e competitividade internacional, 2011). Há, ainda, uma redução que é devida ao prolongamento dos anos em que os jovens ficam nos bancos escolares. Entre os idosos, a melhoria dos programas sociais voltados para a transferência de renda vem induzindo saídas crescentes do mercado de trabalho. Em suma, há uma redução da proporção dos que procuram emprego. Isso, evidentemente, contribui para a queda da taxa de desemprego, que, como se sabe, resulta do número de pessoas efetivamente desocupadas dividido pelo número dos que procuram emprego.
A taxa de desemprego poderia ter baixado por força de uma expansão da oferta de empregos. Isso ocorreu nos anos recentes, mas a sua magnitude não deve ser superestimada. Os dados analisados por Castelar mostram que a taxa de ocupação (que reflete a oferta de empregos) foi de 55,9% em 2011, ficando surpreendentemente no mesmo patamar de 2003, que foi de 55,4%. Isso prova que a baixa na taxa de desemprego se deveu em grande parte à redução drástica dos que procuraram emprego no período considerado.
A redução da oferta de trabalhadores não é nada desprezível, pois em praticamente todos os setores da economia há falta de mão de obra. Essa falta gera forte pressão nos custos de contratação. Salários e benefícios têm subido bem acima da inflação, pressionados também por aumentos substanciais no salário mínimo e nos pisos estaduais. Para atrair os profissionais de que necessitam, as empresas são levadas a ofertar condições de trabalho cada vez mais custosas, especialmente quando precisam de profissionais qualificados. É bom lembrar que as despesas com encargos sociais crescem com a elevação dos salários e benefícios.
Veja o leitor como é interessante essa cadeia em que um fenômeno demográfico provoca escassez de trabalho e elevação dos custos de contratação.
Para agravar, ocorre que a explosão do custo do trabalho não está sendo acompanhada de uma elevação da produtividade, o que faz disparar o custo unitário do trabalho. As consequências desse descasamento estão estampadas nos jornais diários: a inflação está além da meta e os investimentos, aquém do necessário, pois as empresas que não podem repassar a elevação do custo do trabalho para preços reduzem as margens e adiam os projetos de expansão.
Esse quadro preocupa. Nenhuma economia consegue gerar empregos e manter o custo unitário do trabalho equilibrado se não investir e aumentar a produtividade. Os dados referentes a 2012 justificam a preocupação. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, a abertura de vagas vem desacelerando, mantendo-se em bom nível só no setor da construção pesada, que responde pelos grandes projetos de infraestrutura. Oxalá as recentes medidas do governo contribuam para mudar esse cenário. O pior dos mundos seria passar da situação de falta de trabalhadores para a de falta de empregos.
José Pastore é professor de relações do trabalho da Universidade de São Paulo, membro da Academia Paulista de Letras  e Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio São Paulo. E-mail: josepastore@usp.br

Fonte: O Estado de São Paulo - 09/10/2012.


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Estamos promovendo a quem merece?


A MERITOCRACIA no Brasil é um grande desafio, pois, na prática, em grande parte das empresas a promoção e a remuneração dos colaboradores são decididas por critérios, como: tempo de serviço, amizade, grau de parentesco, QI - "quem indica" e o tradicional "puxa-saco". Apesar do esforço, dedicação, competência e resultados quem não atende a um dos critérios anteriores, não é promovido.

Assim, para a implementação de um sistema de promoção e remuneração baseado na MERITOCRACIA, é preciso que a empresa tenha:
(1) Objetivos claros, alcançáveis e desafiadores;
(2) Um sistema de informações confiável para medir se esses objetivos se transformaram em resultados concretos e
(3) Um modelo de gestão profissional e maduro, que premie os que entregam tais resultados.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

O risco do fim do fator previdenciário.

Por: José Pastore

No momento em que o Congresso Nacional acabou de aprovar a Lei 12.618/2012 que criou a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp) para equilibrar as finanças da previdência pública, vários parlamentares se movimentam para extinguir o fator previdenciário, que tem por finalidade, igualmente, equilibrar as finanças da previdência privada e do INSS.
O fator previdenciário foi criado em 1999. Trata-se de uma regra que reduz o valor da aposentadoria para quem se aposenta precocemente e aumenta aquele valor para quem se aposenta mais tarde.
A Previdência Social estima que, desde que entrou em vigor (2000), a medida ajudou a economizar cerca de R$ 10 bilhões. Numa eventual extinção dessa regra, a despesa será galopante. Segundo o ex-ministro da Previdência Social José Cechin, só no primeiro ano o gasto adicional será de R$ 4 bilhões. A partir dali, o montante irá escalando, ano a ano, de forma que no 24.º ano a despesa atingirá a fabulosa soma de R$ 40 bilhões anuais - sem nenhuma garantia de receita correspondente. Ou seja, os estragos ao longo do tempo serão de grandes proporções. O Brasil correrá o risco de ter de desviar recursos da educação e da saúde para acudir o déficit da Previdência Social ou, alternativamente, criar mais impostos, aumentando a já pesada carga tributária.
É preciso avaliar as graves consequências de propostas desse tipo. O INSS já apresenta um déficit colossal - que ronda a casa dos R$ 50 bilhões por ano. Somando-se essa quantia ao déficit da Previdência Social do setor público, que também é estimado em R$ 50 bilhões, o governo está sendo forçado a buscar no mercado nada mais, nada menos do que R$ 100 bilhões todos os anos. Imaginem o que será sem o fator previdenciário! São números estratosféricos e que exigem a mais absoluta cautela. A irresponsabilidade do presente pode condenar a proteção das gerações futuras, desequilibrando, de uma vez por todas, as finanças públicas - um imenso retrocesso.
Ao contrário do que ocorre na maioria das nações, no Brasil, não há idade mínima para se aposentar. Nos países mais avançados, além de haver idade mínima, ela está subindo. Na França, o governo elevou a idade mínima de 60 anos para 62 anos. Na Espanha e em Portugal é de 65 anos. Na Alemanha é de 67. Nesses países, qualquer trabalhador pode se aposentar antes dessa idade, mas receberá um valor menor, pois, afinal, ele viverá por muito tempo como aposentado. No caso da Alemanha, por exemplo, a redução é de 0,3% para cada mês de antecipação da aposentadoria. Na Espanha, é de 8% ao ano. No Brasil, na ausência de idade mínima, muitas aposentadorias ainda ocorrem em pessoas que têm pela frente uma longa sobrevida à custa da Previdência Social.
Os que clamam pela extinção do fator previdenciário alegam injustiça para com os trabalhadores que se aposentam mais cedo. O argumento não procede, pois, sendo mais novos, eles viverão por mais tempo como aposentados. Os que se aposentam mais tarde, sendo mais velhos, fazem jus a um valor maior, pois viverão menos tempo como aposentados. Nada mais justo.
Há ainda os que invocam a improcedência da revogação do direito dos que estavam no sistema antigo. O tema é controverso, mas, ao que se sabe, a lei brasileira não reconhece a mera expectativa de direito.
O governo parece estar atento em relação à tentativa ensaiada por grupos de deputados federais. O assunto já foi vetado pelo ex-presidente Lula e, segundo notícias da imprensa, seria vetado pela presidente Dilma. Os dois sabem que o fim do fator previdenciário representará um enorme desastre nas finanças públicas e reduzirá sobremaneira a confiança no futuro da economia brasileira. O ministro Garibaldi Alves Filho dispõe de todos os cálculos para mostrar que essa tentativa é devastadora para a Previdência Social.
Jose Pastore é professor de relações do trabalho da FEA-USP, membro da Academia Paulista de Letras e Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP. E-mail: josepastore@usp.br

Fonte: O Estado de São Paulo - 03/07/2012.

terça-feira, 19 de junho de 2012

CONITEC 2012

II CONGRESSO NACIONAL DE INOVAÇÃO, TRABALHO E EDUCAÇÃO CORPORATIVA.

A Anitec promove nos dias 30 e 31 de julho, no Rio de Janeiro, o Congresso Nacional de Inovação, Trabalho e Educação Corporativa - Conitec 2012. A parceria entre diversas instituições vinculadas a inovação, educação corporativa e trabalho irá permitir que um evento relevante para o avanço da inovação nas organizações e da educação corporativa, se concretize. Esse será um momento de discussão que inclui atividades diversas, desde painéis, conferências, apresentações de trabalhos até o Fórum Internacional de Inovação e Educação Corporativa.

Diferentes Universidades Corporativas, Institutos de Inovação, Pesquisadores, Representantes Governamentais, Universidades Brasileiras e Internacionais estarão discutindo os caminhos da educação corporativa, do trabalho e da inovação no Brasil e no Mundo. O tema de 2012 traz a Inteligência Coletiva, Os Grupos criativos, As Redes Sociais, As Redes de Inovação e de Educação Corporativa no cenário do mundo contemporâneo. Há uma emergência no contexto atual por ações articuladas em prol da construção do conhecimento em seus distintos formatos, dentre eles: a inteligência coletiva, a formatação de redes inteligentes por meio de grupos criativos, a criatividade e solidariedade como aliadas para o enfrentamento dos desafios da sociedade tecnológica e do mundo do trabalho. De igual modo, as organizações precisam estar prontas para sustentar suas ações de inovação por meio de ações educacionais encampadas por Universidades Corporativas sintonizadas com a emergência das mudanças do mundo do trabalho e do sistema de produção, compromissadas com a sustentabilidade dos trabalhadores.

Como podemos humanizar os postos de trabalho, produzir e competir na Sociedade em Rede? Essas e outras perguntas serão respondidas por preletores de primeira linha: Pierre Lévy, Domenico di Masi, André Lemos, entre outros nomes nacionais e internacionais.

Mais informações através do link http://www.anitec.org.br/conitec2012/

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O DIA DO ADMINISTRADOR DE RECURSOS HUMANOS


Por: Adm. Wagner Siqueira - Presidente do CRA/RJ.


O dia 3 de junho é a data comemorativa do profissional de RH em todo o mundo.  
A data nos estimula a escapar de comemorações laudatórias do tipo oba-oba, tão peculiares na espécie, para emitirmos mais um grito de alerta contra a crescente deterioração das relações de trabalho constatada no cotidiano das organizações em geral.
Vivemos o apogeu do humanismo empresarial, exaltam todos!
O colaborador se transformou numa espécie de empregador de si mesmo. Ele é o novo empreendedor, mesmo quando claramente mantenha vínculos empregatícios, subordinação definida, jornada de trabalho com horários estabelecidos, e, mais do que tudo, dependência econômica. 
A sua opção existencial não é pela assunção do risco da atividade empresarial autóctone. Mas o contexto do empreendedorismo corporativo o impulsiona ao desempenho dos mesmos papéis e funções, vivendo em plenitude as circunstâncias de um empresário propriamente dito.
 Pior ainda: não briga pelo seu negócio, mas pelo negócio dos outros. Mas o tem que fazer como se fora o seu próprio.
Quando fracassa, o empresário costuma ir à falência como pessoa jurídica, mas nem sempre como pessoa física. Às vezes fica até mais rico.
Já o empreendedor-empregado inelutavelmente passa a integrar a lista dos desempregados de um headhunter, numa busca ansiosa por recolocação pelo menos próxima ou similar a que detinha antes. O que nem sempre acontece. O mais das vezes, tem de engolir um decesso profissional, com as repercussões evidentes em sua vida.

Os dramas existenciais, que vão de depressões, frustrações e crises, até suicídios, como a imprensa internacional tem veiculado em números alarmantes, inicialmente apenas nas macro corporações francesas para pouco a pouco se espalharem generalizadamente, são as conseqüências das novas formas de organização do trabalho praticadas nestes primeiros anos do Século XXI. O profissional de RH tem responsabilidade direta na construção deste contexto de circunstâncias dramáticas. Precisa assumir o seu protagonismo no redirecionamento de  trajetória tão deletéria.
As relações de trabalho já não mais se orientam pela antiga lógica que impelia os sindicatos à luta pela redução da jornada de trabalho, pelo aumento de salários e dos ganhos de produtividade e, somente subsidiariamente, pela melhoria das condições de trabalho.
Foram essas as condições predominantes que ensejaram o desenvolvimento da economia de mercado, o crescimento econômico-social e a sociedade de consumo.
Antes, a realização humana não se restringia ao trabalho em si, mas se expandia preponderantemente na família e nas distintas formas de relações comunitárias (clubes, associações, sindicatos, igrejas, vizinhanças, moradores, parentes), tudo assegurado e propiciado pelo acesso financeiro regular a que os assalariados dispunham através de vínculos empregatícios estáveis, quase permanentes.
As novas formas de organização do trabalho são agora inteiramente diferentes, nada têm mais a ver com esse passado ainda recente.

Não são os problemas pessoais não tratados dos empregados que os levam a atos de desespero e à depressão nos ambientes de trabalho.
Esses atos são a resposta dilacerante de empregados, ditos colaboradores e empreendedores, que sucumbem no cotidiano de uma realidade de trabalho que lhes é totalmente adversa. São as conseqüências da organização e da implementação de processos de trabalho que violam a natureza humana. São a expressão de revolta e de impotência ante uma situação inflexível e intransponível, em que não se vislumbram condições objetivas de escapar ou de, pelo menos, atenuar.

Aquele colaborador que se suicida nos convoca para ver o que é visível, mas não é visto no mundo das organizações. Estamos crescentemente produzindo sobreviventes, mortos-vivos ou zumbis no cotidiano de nossas organizações, e nem nos damos conta disso. É claro, os reiterados casos de suicídio nos escandalizam!
Nunca se exaltou tanto “o trabalho em equipe”, “o vestir a camisa”, “o ter o espírito de grupo”, mas as avaliações individualizadas de desempenho e de cumprimento de metas e de resultados produzem o dilaceramento psicológico e moral do empregado-empreendedor como pessoa.

O empregado transforma-se na prática no empregador de si mesmo. Os trabalhadores já não têm razões para se contraporem ao capital. Se o assalariado é transformado em seu próprio empregador, não há o que falar em luta de classes, na contradição entre salário e lucro, em mais valia, ou nos interesses antagônicos dos patrões e dos empregados.

A luta de classe se transfere para o interior do indivíduo, invade a individualidade do colaborador, absorve a sua psique. Dilacera o indivíduo como pessoa.
É claro, o capital e o trabalho continuam plenamente presentes, mas o conflito entre ambos se transfere artificialmente para o interior do indivíduo.
Antes o conflito social era regulado pelas negociações e acordos coletivos produzidos entre as representações patronais e os sindicatos dos trabalhadores, pelo respeito à legislação trabalhista e previdenciária, e pela intermediação direta do Estado através da justiça do trabalho.

Hoje a responsabilidade pela administração desse conflito irreconciliável se dá dentro de cada indivíduo, empregado e simultaneamente empreendedor, colaborador e subordinado, cada vez mais submetido às cobranças de desempenho e à execução de metas e de resultados.
O suicídio é o ato derradeiro de libertação de muitos que, ao fracassarem, não suportam mais a submissão às estratégias sutis de exploração humana praticadas hoje no mundo do trabalho sob a fachada soi-disant do empreendedorismo corporativo, a nova resposta capitalista ao problema da luta de classes, o dernier-cri da ideologia instrumental a serviço da aristocracia financeira detentora massiva do capital majoritário das organizações.


quarta-feira, 14 de março de 2012

Indicadores de Gestão de RH - 2a. edição.

A negociação do setor público.

Por: José Pastore
A presidente Dilma Rousseff reservou para 2012 apenas R$ 1,6 bilhão para reajustes de salários dos servidores - diante de um pedido de mais de R$ 40 bilhões. Ela deve ter problemas com greves de servidores, ainda não regulamentadas.
As centrais sindicais sempre combateram os projetos de lei que visavam a regulamentar as greves de funcionários públicos, alegando a necessidade de o Brasil ratificar a Convenção 151 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que garante a livre negociação para os servidores do governo, o que ocorreu em 16 de junho de 2010.
A simples ratificação, porém, não afastou a complexidade do problema. A própria Convenção 151 diz que cabe às nações regularem a negociação do setor público, especialmente das atividades essenciais e que põem em risco a população. Esse é o primeiro desafio. Há também a questão dos limites dos orçamentos e a Lei de Responsabilidade Fiscal. Os governantes não podem conceder mais do que os orçamentos permitem para gastar com pessoal. Esse é o segundo desafio.
Esses desafios vêm sendo enfrentados por vários países. Na América, leis recentemente aprovadas nos Estados de Arizona, Idaho, Indiana, Michigan, New Hampshire, Oklahoma, South Carolina, Tennesse, Utah, Wisconsin e Wyoming endureceram as negociações no setor público. Isso provocou forte reação dos sindicatos laborais. A razão do endurecimento foi o estouro dos orçamentos governamentais. No caso de Wisconsin, o déficit chegou a 25%! Em Nova York, 16%, e, em Ohio, 11%.
Em Ohio, os sindicatos conseguiram convocar um referendo e, com isso, derrubaram a lei aprovada. Em contrapartida, o governador veio a público para explicar aos contribuintes que terão de pagar mais impostos. Eles não gostaram.
Os governadores estão num dilema: para atender às demandas crescentes dos funcionários, eles teriam de cortar os recursos para educação, saúde, segurança, etc. Eles preferiram enfrentar os servidores e adotaram novas regras: 1) os salários não podem subir mais do que a inflação, a menos que autorizados pela população mediante referendo; 2) os funcionários contribuirão em partes iguais (50%) para a previdência social; 3) é eliminada a dedução de contribuição (feita pelo governo) destinada aos sindicatos; e 4) estes têm de obter os votos da maioria da categoria para continuar representando os funcionários.
O governador de Wisconsin, Scott Walker, foi muito claro ao dizer que "a negociação coletiva no setor público não é um direito, mas, sim, uma concessão dispendiosa". Naquele Estado, a primeira avaliação das novas leis constatou que, depois de 12 meses de vigência, o quadro fiscal ficou sustentável, sem aumento de impostos. As escolas e os postos de saúde passaram a oferecer melhores serviços.
O assunto continua em debate e despertou o mundo acadêmico. Daniel DiSalvo, cientista político de Nova York, mostrou que os dirigentes sindicais do setor público exercem uma pressão muito mais forte do que ocorre no setor privado porque a grande maioria desfruta de uma segurança no emprego que não ocorre nas empresas. Além do mais, os movimentos sindicais se misturam aos movimentos políticos e, para garantir a sua reeleição, forçam os governantes a conceder o que o Estado não aguenta pagar. "Nada é mais perigoso para o bem-estar da comunidade do que ter servidores públicos ditando a jornada, o salário e as demais condições de trabalho. Ou seja, nada mais perigoso do que um governo sindicalizado" (Daniel DiSalvo, The trouble with public sector unions, revista Public Affairs, outono de 2010).
No Brasil, as peculiaridades apontadas se mantêm. A maioria dos funcionários goza de estabilidade e as campanhas sindicais se misturam com a política partidária. Por isso, convém meditar muito bem sobre uma regulação racional da negociação coletiva e a urgente aprovação de uma lei de greve específica para o setor público.
José Pastore é professor da FEA-USP, membro da Academia Paulista de Letras e Presidente do Conselho de Emprego e Relações do Trabalho da Fecomercio-SP.
Fonte: O Estado de São Paulo - 13/02/2012

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Disparidade salarial entre homens e mulheres: mudança gradual, mas contínua.

Por: Marcelino Tadeu de Assis

A disparidade salarial no Brasil – diferença entre os maiores e menores salários – é menor hoje do que já foi no passado recente. Do mesmo modo, bem menor é a distância entre os salários pagos no Brasil e nos países chamados desenvolvidos; isso quando o contracheque brasileiro não é superior em algumas posições de alta gerência. Os salários da região Sudeste e Nordeste, atualmente, são menos afastados entre si do que já foram em outros períodos. A remuneração dos negros em relação aos não negros, também tende a se aproximar na medida em que a sociedade evolui e os negros preenchem mais assentos nas Universidades e nos Centros de Pesquisa, com ou sem política de cotas raciais. Salários de homens e mulheres, deste modo, também estão inseridos nesse contexto de transformação – e aproximação – lenta, gradual, mas contínua e inexorável.

As diferenças – no caso das mulheres – podem ser explicadas por diversos fatores: a força de trabalho brasileira foi, durante muito tempo, predominantemente masculina, tanto no chão de fábrica, como – e principalmente – em posições de liderança; de comando. A disponibilidade masculina para longas jornadas e para mobilidade local, regional ou internacional, aliada a um certo desprendimento e aceitação de riscos, deram ao homem uma certa vantagem competitiva em um mundo repleto de oportunidades, embora comparativamente mais simples. A presença da mulher nas organizações, nos dias atuais, cresce e, com esse crescimento, são reduzidas as distâncias em salários, em incentivos financeiros e em benefícios, não somente no Brasil, mas em outros países.

Em 1953, pesquisa do Gallup, nos Estados Unidos, demonstrava que 75% dos trabalhadores tinham restrições em relação ao gênero de suas chefias, sendo o sexo masculino a maior preferência. Em 2011, estudo realizado na University of California demonstrou que esse número caiu para 46%. Para 54% dos pesquisados o gênero não pesa mais em sua percepção ou preferência, o que pode ser atribuído à inserção mais forte das mulheres e, mais do que isso, ao trabalho, à desenvoltura e criatividade das profissionais, em todas as áreas de geração e aplicação do conhecimento. Da presidência de um país, passando pela presidência ou vice-presidência de grandes corporações e chegando aos canteiros de obra.

Grandes exemplos, dentro e fora do Brasil, reforçam a transformação em favor dos profissionais e do valor que podem agregar, independentemente do gênero, da opção sexual ou de qualquer outro aspecto. A escolha da Presidenta Dilma Rousseff, por exemplo, não se deu por ela ser uma mulher. Um plano de sucessão bem definido e articulado, o patrocínio de uma liderança popular e bem avaliada, combinado com baixíssimo índice de rejeição da então candidata, foram – por certo – decisivos. Tais evidências, somadas ao perfil de boa gestora, com pulso firme, consolidaram, tanto a eleição, como sua avaliação no primeiro ano – a maior avaliação em um primeiro mandato.

A transformação é lenta, como vimos, mas permanente. Há desafios, no entanto, que devem ser enfrentados. Estudo de Emilio J. Castilla, do MIT, e Stephen Benard, da Indiana University – The paradox of meritocracy in organizations – ainda sugerem uma visão predominantemente masculina na definição de recompensas financeiras ou mesmo dos mecanismos formais de reconhecimento. Quando solicitados a avaliar o mérito e as compensações pecuniárias, pessoas – homens e mulheres – ainda tendem a privilegiar a perspectiva masculina, que até hoje forma diversos paradigmas. Como se percebe, o desafio é grande, mas – dentro de uma visão otimista – já foi maior.

Marcelino Tadeu de Assis. Autor do livro Gestão de Programas de Remuneração: Conceitos, Aplicações e Reflexões. Qualitymark. 2011. Membro da Comissão Especial de Recursos Humanos do CRA/RJ.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

ENCONTRO BRASILEIRO & CONGRESSO MUNDIAL DE ADMINISTRAÇÃO NO RIO

Anote na agenda. Inscrições em breve!

Em novembro de 2012 o Rio de Janeiro sediará o XXII Encontro Brasileiro de Administração e o VIII Congresso Mundial de Administração, eventos promovidos pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, e pelo Conselho Federal de Administração.

O tema será o Pacto Global, uma ação desenvolvida pela Organização das Nações Unidas que visa orientar as empresas públicas e privadas no sentido de colaborar para o desenvolvimento social e econômico dos países membros, através de 10 princípios empresariais de iniciativas e práticas.

O Sistema CFA/CRA´s é signatário do Pacto Global e, nesta condição, pretende com este evento oferecer a sua contribuição, envolvendo os profissionais, estudantes e empresas neste importante movimento de crescimento e desenvolvimento social.

Anote na sua agenda: em novembro, você tem um compromisso.

Participe!

Fonte: http://www.cra-rj.org.br/